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26/Mar/2025 - 19:48:56
“História de Pescador” – Como Tudo Começou
Felipe QuessadaPara comemorar o retorno da página “História de Pescador”, agora parte
deste semanário, que também inicia sua trajetória nos meios de comunicação, não
poderia deixar de contar como tudo começou. Ou seja, como e por que esta página
teve início e se mantém até hoje.
Em 6 de setembro de 2024, completariam 21 anos de existência e mais de
1.000 matérias publicadas. No entanto, com o falecimento do amigo e editor Luís
Trinca Filho, o Jornal O Rio Pardo circulou com sua última edição em 24 de
agosto do mesmo ano, encerrando o ciclo de um importante meio de comunicação em
nossa cidade.
Entre 2003 e início de 2020, “História de Pescador” circulou
ininterruptamente no Jornal Democrata. Em janeiro de 2020, passou a ser
publicada no jornal O Rio Pardo e, a partir desta data, continuará no Jornal
Rio Pardo.
COMO TUDO COMEÇOU
Não me lembro com exatidão, mas deve ter sido em março de 2003, quando,
em uma conversa com o amigo e pescador Hamilton Torres, ele me mostrou um
exemplar do jornal A Mococa. Naquela página, havia uma foto de pescadores da
cidade vizinha, acompanhada de um relato de pescaria.
Naquele dia, enquanto saboreávamos algumas cervejas, combinamos de fazer
uma pescaria no rio Douradinho, localizado no município de Lagoa da Confusão,
no estado do Tocantins. Após a viagem, publicaríamos um relato sobre a
experiência. A dúvida era: quem escreveria?
Depois da pescaria, me sentei ao computador e relatei tudo o que
aconteceu durante a viagem. Alguns dias depois, recebi a visita do saudoso
Celso Amato. Ficamos horas conversando sobre política, pois ele estava
concorrendo à reeleição para prefeito – o que acabou ocorrendo em outubro
daquele ano.
Aproveitei a oportunidade e pedi a ele que lesse as três laudas que eu
havia escrito e, se fosse possível, as levasse para publicação no Jornal
Democrata. Ele leu atentamente e deu seu veredito: “Olha, Quessada, o texto
está interessante, é um relato diferente, que acredito ser fiel ao acontecido.
Mas o leitor não tem paciência para textos longos. Mande-o para o Paulo
Flamínio, ele vai fazer um resumo e com certeza publicará.” Segui sua sugestão
e enviei o texto, acompanhado de várias fotos da viagem.
SURPRESA
No sábado seguinte, ainda antes do amanhecer, lá estava eu, em frente à
banca do Jorge (na Praça do Mercado), ansioso para ver se algo tinha sido
publicado, mesmo que fosse apenas uma foto com duas linhas. Para minha
surpresa, encontrei uma página inteira dedicada à minha matéria, com mais de
dez fotos e o texto completo – claro, devidamente revisado.
LEITORES ASSÍDUOS
Ao longo desses quase 21 anos, rios, cidades e milhares de pessoas – a
maioria rio-pardenses – fizeram parte das “Histórias de Pescador”. É importante
ressaltar que os leitores mais assíduos são, em sua maioria, homens. Contudo,
para minha surpresa, um número considerável de mulheres também acompanharam com
frequência todas as narrativas. Elas, muitas vezes, eram as que mais comentavam
sobre o que eu havia escrito, seja algo que fosse pura verdade, algo exagerado
ou até mesmo inventado. Mas, como nem tudo é história, e sim estória, o
importante é que o que escrevo agrada os adeptos à arte da pescaria.
MEIO AMBIENTE
Não me limito a escrever apenas sobre pescarias, mas também sobre a
natureza e a preservação do meio ambiente. Considero fundamental abordar essas
questões e, assim, é com esse propósito que pretendo dar continuidade a essa
história da minha vida – até quando o Grande Arquiteto do Universo permitir.