Pelo mesmo motivo aparente �?? um idoso que fumava e deixou cair o cigarro no colchão �?? o Asilo Lar de Jesus foi palco de outro incêndio, que matou e destruiu parte da entidade.

Seis décadas atrás as condições eram mais precárias, não havia equipamento de segurança, como extintores, e os asilados disponham de frágeis colchões de capim seco.. Sem auxílios governamentais, o Lar de Jesus era muito pobre e dependia da colaboração dos rio-pardenses.

No incêndio de setembro de 1959, quase todos se salvaram. Foram levados para o Hospital e para outras casas de filantropia.

Serafim Pé-de-Pato, figura popular e muito conhecida na cidade, foi a vítima. Morador de um quartinho nos fundos do Asilo, ele não conseguiu debelar o fogo do colchão. As chamas alcançaram suas roupas enquanto tentava apagar, assustado e gritando.

Pessoas chegaram e ajudaram a extinguir o fogo. Serafim, bastante queimado, foi levado para a Santa Casa, onde permaneceu por cincos dias até seu falecimento.

Apesar da consternação, no dia seguinte ao incêndio voltaram todos os asilados. Queriam ficar no aconchegante Lar, com a felicidade, na pequena parte não destruída, não importando a falta de luz e de conforto.

Ao término, o Asilo Lar de Jesus conseguiu se reerguer. Uma grande campanha foi feita junto à comunidade e permitiu não só a reconstrução do que havia sido queimado, mas sua ampliação, com a construção de um albergue para retirantes vindos de Minas �?? obra indispensável na época.